COMO EVITAR O JOGO BALEIA AZUL

O jogo conhecido como "Baleia Azul" surgiu em 2015, nas redes sociais da Rússia. A princípio foi visto como uma "notícia falsa" e um possível viral, mas ganhou corpo com o número de casos já identificados no Brasil e em países como Espanha e França.


Os convites são feitos pelo Messenger do Facebook e Whatsapp com links dos grupos e já anunciando os primeiros desafios.
Participantes conhecidos como "curadores" induzem, por meio de conversas pela internet, adolescentes vulneráveis a realizarem tarefas, como mutilação, durante um período de 50 dias, que se encerraria com o suicídio.
No Brasil, seis pessoas que faziam parte do "Baleia Azul" se suicidaram após ficarem depressivas. Só em Curitiba, a polícia investiga sete tentativas de suicídios, de jovens com marcas de mutilação e ingestão de remédios.
A Câmara dos Deputados aprovou a realização de uma audiência pública para discutir o jogo "Baleia Azul". A reunião, ainda sem data marcada, será promovida pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da casa. Na Audiência, representantes do Google e do Whatsapp deverão explicar o que as empresas têm feito para combater a propagação do jogo na web.  
  
Conversa entre o curador e a vítima do jogo Baleia Azul

A Polícia Federal de Pernambuco divulgou algumas dicas de como evitar o jogo "Baleia Azul":
1. Os pais devem atrair a confiança dos filhos, por meio do diálogo franco e aberto, sem qualquer tipo de repressão, para que no primeiro sinal de perigo a criança se sinta à vontade para procurar sua ajuda; 
2. Observe comportamentos estranhos dos filhos, como isolamento, tristeza aguda, decepção amorosa, comportamentos depressivos, atitudes suicidas;
3. Preste atenção no corpo de seus filhos. Veja se não existem sinais de mutilação ou queimaduras e se eles estão usando camisas de mangas compridas para evitar a exposição dessas marcas;
4. Evite que seus filhos fiquem muito tempo na internet ou assistindo filmes na televisão durante a madrugada;
5. Observe se seus filhos estão saindo de casa em horários pela madrugada, com o objetivo de cumprir tarefas impostas pelo jogo;
6. Peça aos seus filhos para ser adicionado nas redes sociais deles. Fazendo isso você poderá saber o que está se passando com ele e com quem eles estão interagindo. Caso os pais não tenham idade para aprender a conviver com este mundo virtual, eles devem delegar a tarefa para um parente mais próximo (irmão, primo, sobrinho), alguém que o adolescente seja próximo e confie;
7. Deixe o computador em um local comum e visível da casa;
8. Ao proibir alguma página, explique as razões e os perigos da rede;
9. Evite expor na internet informações particulares e dados pessoais, como telefones, endereços, documentos, horário que sai de casa e para onde está indo, localização acessível o tempo todo;
10. Evite colocar fotos com locais onde frequenta (clubes, teatros, igrejas), carros (a placa localiza o endereço), casa etc;
11. Nunca adicione desconhecidos.

Em caso de contato com os grupos de jogadores do "Baleia Azul":

1. Denuncie os grupos;
2. Se você perceber algum amigo postando fotos e mensagens estranhas nas redes sociais, não ignore, denuncie. O próprio Facebook possui ferramentas de denúncia;
3. Faça um boletim de ocorrência em uma delegacia;
4. Caso você tenha acesso às conversas trocadas entre o mentor e o jogador, compareça a um cartório de notas para lavrar uma ata notarial, dando fé pública ao conteúdo das mensagens. Essa ata será importante fonte de prova, caso as mensagens sejam apagadas;
5. As escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporarem ao currículo, cada vez mais, a educação para a valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias.

A delegada Fernanda Fernandes, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI),que está à frente das investigações sobre "o jogo da baleia azul" afirmou que os "curadores" do desafio podem ser indiciados até por homicídio. Se condenado ele pode ficar preso por mais de 40 anos (3 anos por associação criminosa, 8 por lesão grave, 6 meses por ameaça e 30 anos por homicídio).
Fernanda Fernandes informou, ainda, que notificará as secretarias municipal e estadual de Saúde para que casos de mutilações graves em adolescentes e jovens sejam comunicados diretamente à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática.  

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